segunda-feira, 30 de novembro de 2015

O Brasil fica mais pobre

Embora o PIB em queda livre, a inflação consumindo a renda do povo e pessoas perdendo o emprego, há formas de pobreza que não se medem por indicadores econômicos. Hoje a tarde o Estadão publicou que a editora Cosac & Naify encerrará suas atividades em breve. Fechar uma editora, uma casa de cultura e de livros deve sempre ser encarada como uma tragédia. É um sinal de fracasso não apenas econômico, mas de um projeto de enriquecimento pela cultura, pela sabedoria e pelo pensamento livre e autônomo.
Principalmente em períodos de intolerância em que se cultiva o desdém pelos livros, pela língua e por qualquer atividade intelectual séria não alinhada a uma ideologia imbecilizante e mesquinha que a tudo corrompe por seu desejo de poder e de autopreservação.
Em um país em que se fecham escolas e editoras de livros não podemos esperar riqueza alguma.
Apenas indigência cultural e ausência de civilização.
Obrigado pelos ótimos momentos

Xenoblades é para poucos

Parece que o grande lançamento da semana é mesmo Xenoblades Chronicles X para Nintendo WiiU. Os primeiro reviews estão dando boas notas ao game que deve ser um dos últimos grandes títulos do WiiU. As dificuldades para nós brazucas não são poucas. Não bastasse a falta de suporte da Nintendo, os jogos de WiiU estão bem caros por aqui - nem Black Friday para dar coragem de comprar qualquer coisa. Com tudo isso, Xenoblade Chronicles X é para poucos - tão poucos quanto os donos de WiiU.

Full Power no PS4 (quase...)

Round 2: Fight!
A Sony parece ter seguido o caminho da Microsoft ao tentar facilitar o acesso ao sétimo core do processador do PS4 para desenvolvedores. O Xbone já havia feito o mesmo no início do ano e aumentou a qualidade e performance dos jogos lançados nesse ano comparado ao anterior. Sem falar que a Microsoft ja havia enterrado sua câmera para liberar poder ao console.
Uma coisa é certa: as comparações entre as configurações e performance dos jogos nos dois aparelhos continuarão. Não é só coisa de fanboy, mas quem observa essa indústria sabe como as softhouses são capazes de otimizar suas engines e extrair o máximo do aparelho até o final da geração. The Last of Us para PS3 foi um dos melhores exemplos disso, e, para quem se lembra, Street Fighter Alpha 2 para SNES era uma versão surpreendente para o console de 16 bits.
Quem parece estar por cima da carne seca nessa história é o PC. Pelo menos para quem pode comprar  uma placa de vídeo de alta performance. O céu é o limite nesse caso e o preço a pagar pelo excesso de poder é frequentemente a preguiça das empresas em lapidar as versões para computador. 

domingo, 22 de novembro de 2015

Uma sequência poderosa

Uma das sequências mais poderosas do cinema foi produzida por Charlie Chaplin em "O garoto", de 1921. A música, também composta por ele, e a atuação magistral do pequeno guri continuam emocionando gerações junto com a genialidade de Chaplin. Um filme que nos arranca um sorriso e uma lágrima.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Philos.tv

As opções culturais na televisão brasileira não são lá grande coisa. Há honrosas exceções como os concertos transmitidos pela TV Cultura ou o excelente Provocações de Antonio Abujmara, morto este ano. Para quem tem TV por assinatura existem outras opções como o Arte 1 e o History Channel - que se você tirar os programas sobre extra-terrestres só vai sobrar metade da grade dos caras... Uma outra opção paga que funcional como uma espécie de Netflix da cultura é o canal Philos. Ele é disponibilizado tanto para assinantes de Net e Sky, por exemplo, mas também pode ser acessado diretamente por tablet ou computador, sem necessidade de ter TV paga. 
Todo início de mês eles acrescentam novos documentários e séries e retiram alguns outros. 
Com dezenas de espetáculos, óperas, balés, biografias, documentários sobre pintura e tudo mais, deve haver perto de 500 títulos à disposição. É bem diversificado e agrada a vários públicos. Tem um ótimo documentário sobre Tintin e a série "Impressionistas" de Waldemar Januszczak, uma das melhores séries produzidas sobre o tema na minha opinião. Tudo legendado em português. 
A série "Impressionistas" foi retirada há um mês e merece cobrança para voltar. É demais. Notem a abertura com temas dos maiores quadros impressionistas: 


Game pode ser prescrito para TDAH

Um videogame chamado "Project: EVO" (não tem a ver com o campeonato de luta já comentado aqui no blog) pretende ser o primeiro jogo a estimular capacidades cognitivas específicas para melhora da atenção em crianças com TDAH (transtorno de déficit de atenção e hiperatividade); A notícia foi veiculada em diversos sites e portais mas sem muita repercussão no Brasil. 
Não é de hoje que fala-se do benefício dos jogos em auxiliar aprendizado de um idioma ou raciocínio lógico. Quem nunca jogou um RPG e se viu obrigado a recorrer a um dicionário em algum momento da vida para seguir adiante na aventura? Mas agora um jogo foi especialmente desenvolvido para o tratamento do TDAH. O jogo consiste em progessivamente aumentar o desafio para a criança, que deve ficar focada, atenta ao jogo para tomar decisões rápidas. As missões são variadas, como guiar uma nave por um desfiladeiro, acertar objetos, etc, e visam desenvolver a concentração através dos estímulos que o jogo oferece. 
Estão sendo feitos estudos clínicos para testar de modo científico os resultados do produto. Empresas como Shire e Pfizer mostraram interesse para parceria. 
Uma vez que o TDAH afeta entre 5 e 11% das crianças nos EUA (há sempre controvérsia nesse dado) sem dúvida é um auxílio importante para o tratamento além de medicações que costumam dar muitos efeitos colaterais. Mais um argumento a favor dos videogames :) 
Games em breve virão na receita do psiquiatra

Meu amigo Charlie Brown

Tão confiante
Há mais de 50 anos o deprimido e angustiado Charlie Brown e sua turma nos oferecem grandes insights sobre o comportamento humano. Os conselhos de Lucy em sua banca de limonada, adaptada agora a dar conselhos psicológicos/psiquiátricos aos vizinhos, a tornaram uma "célebre" psiquiatra. A ponto de no mês passado a conceituada revista Lancet, uma das principais publicações de artigos médicos de mundo, publicou em sua seção "Perspectivas" um artigo em homenagem a Lucy e sua "prática" psiquiátrica. 
Charles Schulz construiu um universo complexo com suficiente profundidade de seus personagens a ponto destes evoluírem ao longo das décadas de histórias. Charlie Brown torna-se menos ansioso e um pouco mais confiante, embora não saiba dançar direito e frustre-se na vida sentimental. Ainda assim, continua em frente. Seu time de baseball é um fracasso e quase como todos nós, sofre com desajustes de toda sorte - que como tais, nos fazem humanos. 
Quando aos seus 7 anos procura Lucy falando de seus sentimentos profundos de depressão, Lucy pergunta: "Quanto tempo esses sintomas tem durado". Charlie, encantandor e verdadeiro, responde: "Seis anos". Ao falar de seus medos e inseguranças, Charlie Brown fala por todos nós. 
Ela ajuda a todos que tem problemas e uma moeda
Aqui no Brasil a L&PM lançou alguns volumes de "Complete Peanuts", que busca reunir toda a obra de Charles Schulz. Embora em ritmo lento, as tirinhas contam com uma edição bem feita pela L&PM e nos resta esperar que continuem a serem lançadas. 
Ainda hoje "Peanuts" é reproduzida em todo o mundo e ganhará um novo filme em janeiro de 2016. O artigo do Lancet vaticina que Lucy ainda será lembrada quando a maioria de nos teremos sido esquecidos. 
Vida longa à Peanuts.

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Feliz aniversário Wii U

Ele disse que avisou que ia ser um fracasso.... #agoraéfácil
Hoje faz três anos do lançamento do Wii U nos EUA. Após muitos problemas comerciais, falta de suporte de third-parties e um controle controverso, o Wii U chega ao terceiro aniversário em leito de morte com o NX prestes a aportar no mercado em 2016.
A Nintendo não conseguiu diferenciar o produto do Wii, colocá-lo como uma evolução tecnológica e com o mesmo impacto que o Wii original e seu revolucionário controle tiveram. O controle do WiiU que se parecia com um tablet tinha problemas de bateria, o Sistema Operacional era lento e mal otimizado e os lançamentos eram esparsos e sem blockbusters.
Conforme previsto inicialmente, e com a clara superioridade tecnológica de do PS4 e XBONE, o Wii U ficou relegado ao esquecimento - exceto pelos fãs desesperados que se agarravam a qualquer sinal de vida da Big N. Contudo, apesar de todos os problemas, considero o Wii U um bom videogame ainda hoje.
Motivo: os jogos. Se tem algo que a Nintendo sabe fazer é jogo de videogame. Claro que nem todos foram unânimes. Super Mario 3D World era divertido mas sem novidades - e aquela roupa de gato era bem esquisita também... Mas ainda assim havia Donkey Kong, Mario Kart e, o grande lançamento do Wii U, Smash Bros. Todos muito bem feitos, desafiadores e divertidos, para todos os públicos. Outros lançamentos que agradaram foi Bayoneta 2 (menos as mulheres...), Hyrule Warriors e o remake de Wind Waker. Some a isso a retrocompatibilidade com o Wii e a loja online com clássicos do SNES e N64 e você tem um aparelho com grande apelos para veteranos Nintendo.
Se você tem direito a um único console, tem grande chance do Wii U não atender suas expectativas.
Se você puder ter um segundo console, o Wii U é uma excelente escolha.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

O que aconteceu com os games?

Chrono Trigger 1.01? #sqn
Lembro-me dos áureos tempos em que progredi de um Atari 2600 para um SNES. Os cartuchos e o botão eject do console cinza (era cinza aquela cor ou azul?) que inevitavelmente ficava marrom encardido com o tempo. As "fitas" que tínhamos que assoprar para "pegar" no videogame, isso quando não dava "pau" ou "crepe" (sei lá, era como chamávamos os bugs à época).
Mortal Kombat, Super Mario All-Stars, Mario Kart, Link to the Past, Super Mario RPG, Chrono Trigger... Uma coisa há algum tempo me intriga: como jogos tão grandes e com tantos elementos eram lançados e... pronto! Não tinha atualização day one ou qualquer patch após o lançamento para corrigir problemas. O jogo só era lançado quando realmente estava finalizado e dentro de padrões aceitáveis de execução.
Claro que o volume de dados hoje e a velocidade de processamento necessária para fazer rodar um jogo atual a 1080p60fps com particulas a dar com pau é muito maior, e, mais complexo o sistema, mais passível de interferências e erros ele é. 
No entanto, é aceitável um lançamento como o de Assassin's Creed: Unity no ano passado? Ou de Batman Arkham Knight para PC neste ano? Óbvio que os problemas eram conhecidos. Qualquer pessoa de bom senso, mesmo sem experiência com games, mas com bom senso, não aprovaria um lançamento tão calamitoso.
A realidade é que temos games cada vez mais complexos tecnicamente e com vírus, atualizações de Sistema Operacional e coisas do gênero acontecendo em nosso mundo virtual, patches serão necessários. Quais patches são fruto da preguiça e quais são frutos de necessidades posteriores ao lançamento? Infelizmente só descobrimos a resposta quando o jogo é lançado. Comprar na pré-venda atualmente tem se tornado uma tarefa cada vez mais arriscada. 

Nintendo Badge Arcade

A Nintendo tem se esforçado em criar novas maneiras de faturar. O seu mais novo jogo free-to-play é o Nintendo Badge Arcade. Testei ele por 20 minutos nesse final de semana e nada demais. Você tem a chance de obter algumas insígnias para montar seu próprio tema, personalizado ao fundo. Mas a urgência de tempo das insígnias que estão prestes a ficar indisponíveis e a falta de generosidade do jogo me fizeram achar caro gastar 1,99 por 5 chances de pegar algumas insígnias. Até porque nada garante que você conseguirá formar um tema completo com uma compra de 5 rodadas. Na moral, vale mais a pena guardar seu rico dinheirinho (saudade repentina de Ducktales...) e comprar um tema de seu gosto na loja do Nintendo 3DS. As vezes você ganha alguma rodada free do jogo. Mas não anima muito não. 
Nada demais... igual uma lojinha de 1,99

Star Wars Battlefront: impressões

Parece que apesar de todo o hype com o lançamento muitos não se empolgaram com Star Wars Battlefront. O Metacritic 73 traz alguns apontamentos feitos com sabre de luz sobre o jogo. O Gamespot fala de uma sensação que também tive ao jogar o beta: o jogo é mais uma homenagem à Star Wars do que propriamente um jogo de Star Wars. É um Battlefield (para o bem e para o mal ) com roupagem Jedi. Pode parecer simplista demais, mas foi minha impressão. Pelo que li, as primeiras 10 horas de jogo vão muito bem mas depois as coisas ficam repetitivas e falta maior profundidade às mecânicas de jogo. 
Honestamente, não são muitos jogos que depois de 10 horas conseguem manter a sensação de novidade e surpreender no gameplay. E parece que o lançamento de hoje não faz parte desse grupo. O jogo é bonito, está sem problemas técnicos graves aparentemente e deve agradar a maioria dos jogadores. 
Só não vá com expectativas demais.
Partiu sabre de luz

The Collected Works of Hayao Miyazaki

Enquanto esperamos ser o país do futuro e possuir alguma relevância no mercado cultural global, outros lugares se deliciam com lançamentos especiais. O Studio Ghibli, que vem lançando em parceria com a Versátil vários de seus filmes com excelente qualidade conforme já escrevemos aqui, nos EUA, lançaram uma caixa especial com 11 filmes do diretor em edição de luxo com direito a 1 disco só de extras. A arte toda da caixa está muito refinada, e a 215 dólares na Amazon, merece todo respeito. Vejam o vídeo de unboxing que a IGN americana fez:

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Super Star Wars para super saudosistas do Super Nntendo

O Playstation Blog revelou ontem que juntamente com o lançamento de Star Wars Bettlefront nessa semana, será relançado com novas funcionalidades o game Super Star Wars. Muitos devem se lembrar dele da época do Super Nintendo, em que jogos de plataforma de ação e aventura dominavam o SNES. Ele terá cross-buy PS4 e PS VITA e deve entrar amanhã na PSN (não consegui checar o preço ainda, mas chutaria 9,99 dólares). Quem sabe o poder da Força não ajuda o pobre VITA.
E pensar que mais de 20 anos se passaram desde o lançamento nos consoles....

Fire Emblem Fates

Embora ainda não esteja completo, já está online o site de Fire Emblem Fates. Com uma mecânica de jogo primorosa e dezenas de horas de conteúdo e DLCs, talvez Fire Emblem Awakening seja o melhor RPG lançado para Nintendo 3DS. O próximo capítulo da saga chegará em 19 de fevereiro de 2016 e terá dois caminhos a serem seguidos, divididos em dois títulos diferentes, Birthright e Conquest. Se as mudanças realmente valem o investimento no título complementar? Para os fãs a edição deluxe vale: você leva os dois jogos e mais itens exclusivos por 79,99 dólares, o valor cheio das duas versões juntas. A Nintendo prometeu disponibilzar por metade do preço o jogo complementar para quem comprar o primeiro deles. Como eles farão isso? Bem, talvez esteja na hora de anunciar o novo programa de fidelidade.... 
Se o Bem e o Mal existem, você pode escolher

domingo, 15 de novembro de 2015

Túmulo de Vagalumes

Um dos filmes mais importantes do século XX
Após a confirmação de que a Versátil lançará no Brasil o terceiro box de sua coleção do Studio Ghibli (filmes ainda não confirmados), a histeria ficou mesmo para o lançamento justo e aguardado de "Túmulo dos Vagalumes", de Isao Takahata. O lançamento com a assinatura da Versátil agrada e tranquiliza os fãs pela garantia de qualidade do disco. Quem comprou as duas primeiras caixas do Studio Ghibli pode testemunhar a qualidade da remasterização de imagens, os extras e os cuidados de edição. 

Desculpe-me Studio Ghibli Brasil e Califórnia Filmes, mas o lançamento de "Vidas ao Vento" em blu-ray foi simplesmente uma desgraça, simples assim. O canto do cisne de Miyazaki lançado sem extras (como a entrevista de sua aposentadoria presente na versão americana), não tem a dublagem da música final que, assim como em Chihiro, é parte importante da concepção artística do autor, e pouco cuidado com a embalagens e impressos. Enfim, quem sabe algum dia "Vidas ao Vento" ganhe um relançamento à sua altura.

Mas "Túmulo de Vagalumes" não sofrerá (espero) desses contratempos. O filme é uma obra-prima e foi lançado junto com "Meu vizinho Totoro" no Japão em 1988. Está no topo de qualquer lista de animação de filmes de guerra já feitos, além do título frequente de filme mais triste já produzido. "Vidas ao Vento" é melancólico, filosófico, já o filme de Takahata é mais direto e mobiliza mais quem o assiste.É uma masterpiece, sem dúvida, a contar a luta pela sobrevivência em um Japão destruído pela guerra.

As versões em blu-ray e DVD já estão a venda na Livraria Cultura. Assim que tiver informações do novo box com filmes do Studio Ghibli também atualizarei o site. Vale a pena prestigiar o lançamento e ter uma versão especial de um filme tão importante. 

Luzes da Cidade

No tempo da delicadeza
Na extensa filmografia de Chaplin, "Luzes da Cidade" foi a primeira resistencia contra os filmes falados que já estavam fazendo sucesso à época, 1931. Ele faz até piada no início do filme com os diálogos gravados. Para Chaplin, no entanto, a mímica, a graça de seus movimentos e sua capacidade de nos surpreender são apenas perfeitas, e em sua concepção tal qual imaginada, não caberiam falas gravadas. 
Em termos de narrativa, Chaplin aprimora aqui os seu talento em nos contar uma história simples e comovente. A história da vendedora de flores cega e seu amigo eventual das horas de bebida - com o qual resvala no momento em que o homem pensa em se suicidar e é impedido por Carlitos - é despretensiosa mas contata magistralmente e com profundidade no detalhe do comportamento humano, do qual Chaplin é grande conhecedor.
A trilha sonora me chamou a atenção. Notei um tema familiar a certa altura. Era o mesmo tema de "Perfume de Mulher", outro filme que considero genial. 
Assistam "Luzes da Cidade". Desperta o nosso melhor. Abaixo o tema "La violetera", presente nos dois filmes citados.

PS4 vende bem mas tem metade da base instalada do N3DS

O Nintendo 3DS já vendeu até o momento o dobro de unidades que o PS4. É o que diz o relatório do site VGchartz. Com 55 milhões de unidades o N3DS talvez seja hoje o console mais relevante devido a sua base instalada, o que não o deixa agonizante como o Wii U que conta apenas - e olhe lá - com os jogos da própria Nintendo. Com o Gamecube foi a mesma coisa. Agora, só resta abreviar o sofrimento do console e enterro-lo no ano que vem.
Uma coisa é certa: teremos ótimos JRPGs no próximo ano, seja no PS4 ou no N3DS. Persona 5, Dragon Quest, Fire Emblem....
O sucesso em números

sábado, 14 de novembro de 2015

Novos jogos e edições pela Nintendo

Amiibos amigo?

Algo que a Nintendo tem tentado fazer é se diferenciar no mercado de games não apenas por fazer jogos, mas por produzir novos meios de interação, serviços e produtos. O Wii Fit é uma tentativa que apesar da publicidade e de um momentum inicial não conseguiu sustentar vendas e o interesse no aparelho. Os amiibos foram lançados tentando entregar um dispositivo que interage com os games mas também é uma peça cool para colecionadores. São dezenas de amiibos que só fazem aumentar cada vez mais.


O novo game de Animal Crossing para Wii U virá com dois novos bonecos para a coleção. Ao que parece o jogo seguirá o estilo de Mario Party, para o bem e para o mal que isso representa.

Outro game que parece interessante que será lançado em janeiro é o Final Fantasy Explorers. Esse não virá com nenhum Amiibo mas terá uma edição exclusiva vendida no site da Square-Enix. Parece ser o crepúsculo do Wii U se aproximando. O N3DS talvez ainda tenha uns 2 anos de bons lançamentos antes de ser jogado de lado. O Wii U não vai tarde, teve jogos realmente excelentes. Só não foi concebido como deveria pela Big N.
Esse só na loja online da Square-Enix


Nintendo Direct: "o despertar da Força"

Ontem teve novo Nintendo Direct com milhões de novidades velhas e novidades novas. Pouco surpreendeu em termos de lançamentos, com as edições de Dragon Quest 7 e 8 a caminho do Nintendo 3DS. De resto, datas de lançamento detalhadas, alguns gameplaays e updates de jogos já lançados.
O vídeo segue abaixo para quem quiser se divertir com o Nintendo way of life.
Pra quem não tem tanta paciência, os pontos altos alem de DQ, são o Cloud entrando para o grupo de valentões de Smash Bros para 3DS/WiiU, amiibos sem fim e edições de colecionador para grandes títulos como Twilight Princess HD e Fire Emblem Fates. 
Na linha do que disse há pouco quanto a edições de colecionador aqui no Brasil... "vai sonhando"
O primeiro Nintendo Direct sem Satoru Iwata

Paris

Após visitar Paris pela primeira vez há alguns meses, voltei pensando no avião que se algo me acontecesse e eu morresse de forma súbita, poderia dizer contente ao Criador que encontrei em mim a humanidade. Não apenas pela cidade encantadora, arborizada e limpa. Ou pelas pessoas que teimosamente se mostraram simpáticas e solícitas apesar de tudo que ouvira sobre o mau-humor francês. Lembrei-me do Mito da Caverna de Platão. Quisera eu ter ficado vislumbrando apenas as sombras. Mas em Paris conheci a luz e não poderia voltar à Caverna. 
Foi lá que conheci Monet, Van Gogh, Michelangelo e Leonardo.
Foi lá que tive certeza que Deus existe.
A beleza de Paris e da vida que flui dali apagará gloriosa qualquer cisma que vier. 
Assisti o vídeo acima no site O Antagonista que sigo e deixo aqui minha pequena reverencia a capital do mundo que chora.

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Overwatch: preços altos mas sem edição premium no Brasil

Ao revelar os valores de sua nova IP, Overwatch, a Blizzard perde a oportunidade de se diferenciar e fazer um lançamento premium no Brasil. O preço da versão padrão para consoles é o da "Edição Origins" (que não tem nada a ver com a EA) que é de 249 reais, um preço não muito acessível no Brasil, principalmente se levarmos em conta que os preços de jogos, mesmo poucos meses após seu lançamento, tem caído de forma consistente. Se por um lado a economia recessiva e a falta de consumo impulsionam promoções com descontos em catálogo, o mercado de lançamentos e importados sofre com o aumento do dólar por outro. Para PC então a coisa fica pior para a Blizzard.

Com o Steam e suas frenéticas promoções, rivalizadas no Brasil (porque Deus é brasileiro) pela Nuuvem, o jogador de PC tem que estar muito convencido do valor agregado do produto para pagar o preço cheio de 249 reais. Por mais que venham vários DLCs e bugigangas virtuais, eu pessoalmente tenho dúvidas dessa precificação - especialmente para PC. A versão "simples" do PC sai por 159 reais, ou seja, 90 reais a menos por uma série de itens com apelo pequeno a moderado, sem impacto no jogo como um personagem adicional ou armas lendárias.
Será que alguns brindes digitais e skins valem 90 reais de diferença?

Money, get back
 Estranho, entretanto, é que a versão top, "Edição de Colecionador", que inclui o kit "Origins" mais um livro de referência visual com vários detalhes de cenários e herois, a trilha sonora do game e uma estátua do Soldado 76, não tenha vindo para cá. A Blizzard diz estar se esforçando para se aproximar do público brasileiro. Não está feliz com o sucesso de LOL por aqui e quer disseminar torneios de Heroes of the Storm. Mas quando tem oportunidade de fazer um lançamento completo por aqui com um produto premium e de grande repercussão, recuam e perdem a chance de realmente se diferenciarem. Por mais que seja um mercado de nicho, haveria compradores. Ainda que eles disponibilizassem apenas 10 peças para vendas a 599 reais. Não tenho duvidas que o produto esgotaria rapidinho. Ou fizessem um registro de pré-venda para cadastrar interessados e dimensionar a demanda. Enfim, seria mais marketing até do que qualquer outra coisa, mas elevaria a empresa a um patamar que nenhuma outra publisher tem por aqui.

O Brasil tem vários públicos e segmentos a serem atendidos. E qualquer que seja o produto, há público também na ponta mais cara que fatalmente irá importar o box top de linha amaldiçoando a Blizzard por todos os impostos pagos e pela caixa amassada da viagem. O Brasil é um país de oportunidades. Principalmente para oportunidades caras...

Um pouco frustrado

Com lançamentos de games importantes nessa semana eu esperava ter muita coisa nova para falar aqui. Mas minhas incursões iniciais foram desanimadoras e não me atrevi a seguir adiante em Fallout 4 ou Star Wars Battlefront.
Fui só eu com minha rabugem ou mais alguém ficou decepcionado com os gráficos de Fallout 4? É de uma engine de geração passada, com bugs terríveis e texturas de baixa resolução. Os efeitos de fogo então... Não me animei de jogá-lo nesse momento - ainda tenho tido muito o que fazer com The Witcher 3, Destiny e Heroes of the Storm. Vale a pena aguardar mais um pouco e ver o tipo de suporte que a Bethesda dará ao seu jogo.
Já tive meus dias de glória em FPS. Mas como tudo na vida, passou e no passado está. Hoje mal consigo sobreviver 2 minutos sem morrer, sem contar as humilhações de todo tipo que desgraçam nossas vidas online. Embora fã inveterado de Star Wars, sou apenas simpático a Battlefield e não fui convencido pelo beta que Battlefront fosse o tipo de jogo que eu esperava. Não se trata de fazer jogos fáceis ou acessíveis, mas balanceado para uma experiência que permita uma curva de aprendizado e sofisticação à medida que você evolui no jogo. Apenas um Battlefield em roupa jedi. O resto é só perfumaria.
Vejam o vídeo abaixo e me digam o que acharam! A jogabilidade e complexidade do game são interessantes mas todos queríamos um produto mais bem acabado graficamente.

Como arruinar boas memórias da infância

O Netflix adicionou nessa semana o magnífico "As aventuras de Tintin" a sua lista de animação e fiquei animadíssimo para matar as saudades de Milu e capitão Haddock. Mas me bastou 1 minuto assistindo a série para querer cortar os pulsos e exsanguinar até a morte. Simplesmente fizeram uma nova versão com novas vozes, que nada tem a ver com aquelas já consagradas que assistíamos na TV Cultura quando crianças ou mais recentemente no canal Futura. Não foi apenas o fato de mudar as vozes, mas dos novos interpretes não serem capazes de transmitir a emoção e a vivacidade da série. A voz do Tintin simplesmente era perfeita na minha opinião. Transmitia jovialidade e otimismo O mau humorado Haddock também era impecável. É realmente lamentável. É como ouvir Chaves com novos dubladores. Algo nos soa profundamente errado...
Corra Tintin. Você é muito melhor que a dublagem do Netflix