segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Death Note

Light e L protagonizam um jogo policial e psicológico surpreendente
Este é com certeza um dos maiores thrillers policiais e psicológicos já escritos na forma de mangá. Lançado no Japão em dezembro de 2003 com total de 12 volumes até 2006 a série conta o tema fantástico de Light Yagami, um aluno de colegial brilhante e com uma vida normal que o enfada, até que encontra um estranho caderno com a capa "Death Note". Ao abrir esse caderno encontra as instruções de uso que diz em linhas gerais que a pessoa cujo nome for escrito no caderno morrerá. Light está incrédulo de início mas resolve testar os poderes do caderno. Escreve o nome de um criminoso que morre de parada cardíaca 40 segundos  após ter seu nome escrito no caderno.

Um certo fascínio começa a tomar conta de Yagami. Nem mesmo o contato com um Deus da Morte o intimida. Novos detalhes a respeito do uso do caderno são revelados. Sabe-se, por exemplo, que quem escreve o nome da pessoa a ser morta no caderno também pode descrever suas ações finais. Requintes de crueldade começam a dar vazão a uma agressividade escondida em um sereno colegial.
A polícia começa a investigar esses crimes estranhos em que morrem bandidos no mesmo padrão. Um detetive secreto, chamado apenas por "L" passa a colaborar com as investigações e um jogo entre as ações e as pistas deixadas por um e por outro se inicia. 

Os episódios vão ficando mais tensos e imprevisíveis a medida que a história avança. Escrevi apenas o mote inicial para não atrapalhar quem for assistir a série pela primeira vez. Ou então for lê-la pela primeira vez. Os mangás, que foram lançados aqui no Brasil pela Editora JBC, ganharam pela mesma editora a versão Black Edition, que reúne dois mangas a cada volume (são 6 ao todo) com algum conteúdo a mais e um final ligeiramente diferente da série de TV. Esses livros ainda estão a venda por 39 reais cada (preço de capa mas #ficaadica na Saraiva estão com desconto com preço variando entre 18 e 31 reais a depender do volume).

É muito interessante como Light vai se desprendendo de afeto ao longo da série. O tabu de matar um ser humano, após quebrado, dá ensejo a novas reflexões a respeito da vida e da necessidade de pessoas morrerem para um mundo melhor surgir - claro, sob a lógica arbitrária de Light. Quais pessoas matar e como fazê-las morrer atiça sua criatividade e vaidade. Ter o poder de um Deus faz com que Light se ache o próprio Deus.

A série foi um grande sucesso no Japão e ganhou 37 episódios animados para a TV. Aqui no Brasil é possível assistí-los no canal Sony ou pelo Netflix. A qualidade de imagem e dublagem está muito boa e compensam o investimento de tempo e dinheiro. Não existe por enquanto DVD ou Blu-ray da série, mas ainda é possível encontrar o mangá Black Edition (mas não por muito tempo, então é melhor correr).

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