sábado, 28 de fevereiro de 2015

Meu Amigo Totoro


Alguns filmes criam sensações que duram a vida toda. Muitos se lembram com carinho de quando foram assistir O Rei Leão pela primeira vez ( e alguns pelas dezenas de vezes que já viram o filme). Ou do entusiasmo do novo lançamento de Star Wars ou da experiência de assistir um show muito aguardado. São experiências emocionais profundas relacionadas a alguns dos valores mais intrínsecos de cada um de nós, momento em que realidade e ficção se tocam e tudo vira experiência.

"Meu Amigo Totoro" (ou "Meu vizinho Totoro" em inglês, título original Tonari no Totoro) é uma obra prima de Hayao Miyazaki. Talvez seja seu maior sucesso no Japão e o filme mais completo em termos de execução, perfeccionista em todos os detalhes, da caracterização das personagens até a trilha sonora.

A história começa com a mudança de duas irmãs para uma vila rural próxima a floresta. Sua mãe está doente e as duas irmãs, Satsuke e Mei arrumam a casa junto de seu pai. Fica claro ao ver as duas correndo pela casa a atenção pelo comportamento compatível com a idade de cada uma. Não é apenas o que cada uma fala, mas como cada uma age que mostra a diferença de idade e maturidade. A vila é retratada fielmente como há 50 anos atrás, época da ambientação do filme. Miyazaki traz aqui o Japão de sua própria infância. É seu primeiro filme a se passar propriamente no Japão e escolheu suas próprias experiências para darem vida a sua criação máxima. Quase como Shigeru Myiamoto, que diz ter baseado a franquia de Zelda em suas andanças quando criança, em florestas e cavernas próximas de casa.

O filme tem um ritmo mais lento de início. Totoro não aparece de início, tal qual E.T. de Spielberg. O encontro das meninas com a criatura mágica se dá através de Mei que o encontra após seguir criaturas semelhantes mas de tamanho menor mata adentro. Não vou dar mais detalhes da história já que o filme traz boas surpresas e tudo que eu escrever aqui só profanará esse clássico.

É um universo de fantasia, de contato e respeito com a Natureza. É interessante como o medo inexiste nas crianças e o intercâmbio com o místico e o transcendente é natural e cotidiano. O filme foi relançado em blu-ray pela Versátil e está belíssimo.

A trilha sonora é encantadora e deixo abaixo dois vídeos com um pouco da alma do filme. Para muitos críticos é o maior filme de animação de todos os tempos. Mas controvérsias à parte, em qualquer lista de animações, aparece entre os 5 mais importantes já criados. É uma obra que não envelheceu e que influenciou muita gente. John Lasseter é um grande fã e ajudou inclusive a lançar este e outros filmes de Miyazaki pela Disney, distribuindo-os nos EUA, versão de trailer abaixo.





Uma grata surpresa

É muito legal quando descobrimos um filme, um disco ou um jogo que nos surpreende. Na semana passada joguei a versão demo de Theatrhytm Final Fantasy: Curtain Call para Nintendo 3DS e adorei o jogo.

Em primeiro lugar, você tem uma vasta biblioteca de canções da franquia Final Fantasy, desde seu primeiro capitulo até o XIV e seus spin-offs. Relembrar temas clássicos de jogos que são sem dúvida algumas das melhores composições já feitas para jogos traz nostalgia e satisfação. Você deve executar comandos ou na tela touch ou pelos botões do console seguindo o ritmo da música. Quanto mais perfeita a execução, maior a sua pontuação. 

A quantidade de conteúdo é bem grande e garante dezenas de horas de jogo. Estão disponíveis com o jogo 211 músicas que integram vários modos de jogo. Você pode simplesmente treinar uma música que goste - são três níveis de dificuldade sendo que o último é bem insano - duelar com outra pessoa a mesma música ou jogar um modo "Quest" em que simula uma dungeon com chefes e dificuldades diferentes de músicas. À medida que sua pontuação aumenta, novos modos e canções são desbloqueados, além de personagens (cerca de 60) que compõe sua equipe e podem ser evoluidos e equipados. Essa parte é mal explorada, você não sente tanto o efeito de elementos RPG da série nesse modo. Claro que esse não é um jogo de RPG propriamente, mas se a Square queria de fato implementar certas características podia ter feito de forma integrada à dinâmica do jogo.

Uma parte não menos importante são os DLCs. Músicas de outras franquias da Square também estão sendo incluídas, inclusive - essa é a parte que mais gosto - músicas de Chrono Trigger. Quem gosta de RPG, já teve um Super Nintendo, um Playstation ou Nintendo DS (não importa, foi lançado para todos eles) sabe do que estou falando. O preço é que desanima. Na Eshop brasileira CADA música custa 3 REAIS...

Existem 3 tipos de músicas, dentre as quais músicas de campo e de batalha. Segue dois vídeos com exemplos de ambas (com músicas de Chrono Trigger.... bons tempos... )





quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Majora's Mask


O remake do jogo The Legend of Zelda Majora's Mask 3DS está com notas altas nos reviews. Seu Metacritic está em 90. Além dos gráficos melhores, alguns objetos foram remanejados e o jogo como um todo está mais fluido. Amado por uns e odiados por outros este é o jogo que divide opiniões. Teremos que aguardar até 13/02 para a prova final. 


segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Death Note

Light e L protagonizam um jogo policial e psicológico surpreendente
Este é com certeza um dos maiores thrillers policiais e psicológicos já escritos na forma de mangá. Lançado no Japão em dezembro de 2003 com total de 12 volumes até 2006 a série conta o tema fantástico de Light Yagami, um aluno de colegial brilhante e com uma vida normal que o enfada, até que encontra um estranho caderno com a capa "Death Note". Ao abrir esse caderno encontra as instruções de uso que diz em linhas gerais que a pessoa cujo nome for escrito no caderno morrerá. Light está incrédulo de início mas resolve testar os poderes do caderno. Escreve o nome de um criminoso que morre de parada cardíaca 40 segundos  após ter seu nome escrito no caderno.

Um certo fascínio começa a tomar conta de Yagami. Nem mesmo o contato com um Deus da Morte o intimida. Novos detalhes a respeito do uso do caderno são revelados. Sabe-se, por exemplo, que quem escreve o nome da pessoa a ser morta no caderno também pode descrever suas ações finais. Requintes de crueldade começam a dar vazão a uma agressividade escondida em um sereno colegial.
A polícia começa a investigar esses crimes estranhos em que morrem bandidos no mesmo padrão. Um detetive secreto, chamado apenas por "L" passa a colaborar com as investigações e um jogo entre as ações e as pistas deixadas por um e por outro se inicia. 

Os episódios vão ficando mais tensos e imprevisíveis a medida que a história avança. Escrevi apenas o mote inicial para não atrapalhar quem for assistir a série pela primeira vez. Ou então for lê-la pela primeira vez. Os mangás, que foram lançados aqui no Brasil pela Editora JBC, ganharam pela mesma editora a versão Black Edition, que reúne dois mangas a cada volume (são 6 ao todo) com algum conteúdo a mais e um final ligeiramente diferente da série de TV. Esses livros ainda estão a venda por 39 reais cada (preço de capa mas #ficaadica na Saraiva estão com desconto com preço variando entre 18 e 31 reais a depender do volume).

É muito interessante como Light vai se desprendendo de afeto ao longo da série. O tabu de matar um ser humano, após quebrado, dá ensejo a novas reflexões a respeito da vida e da necessidade de pessoas morrerem para um mundo melhor surgir - claro, sob a lógica arbitrária de Light. Quais pessoas matar e como fazê-las morrer atiça sua criatividade e vaidade. Ter o poder de um Deus faz com que Light se ache o próprio Deus.

A série foi um grande sucesso no Japão e ganhou 37 episódios animados para a TV. Aqui no Brasil é possível assistí-los no canal Sony ou pelo Netflix. A qualidade de imagem e dublagem está muito boa e compensam o investimento de tempo e dinheiro. Não existe por enquanto DVD ou Blu-ray da série, mas ainda é possível encontrar o mangá Black Edition (mas não por muito tempo, então é melhor correr).

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Cinco motivos para assinar Netflix

1) Chaves (158 episódios)
Com dublagem original dos estúdios Maga -isto é, a mesma versão que passa no SBT - qualidade de Dvds com créditos completos e incluindo episódios pouco assistidos até há pouco tempo como o da festa de piñatas (traduzidos como pichorras)

2) Chapolin (122 episódios)
Este então nem se fale. Após  sumiço da grade da emissora mais feliz do Brasil  (o_O ) ficamos órfãos do herói autóctone da América Latina. Episódios raros na TV estão aqui também com a mesma dublagem clássica e os créditos finais intocados.

3) Filmes Al Pacino
Poder assistir em HD a trilogia de "O Poderoso Chefão", "Scarface" e "Perfume de Mulher" quantas vezes quiser e a qualquer hora. Show!

4) Death Note (37 episódios)
Essa é imperdivel! Com dublagem de excelente qualidade este thriller  policial e psicológico é viciante. Não estranhe se ficar assistindo vários episódios seguidos, mas pense: se você achasse um caderno que tivesse o poder de matar as pessoas cujos nomes estivesse escritos nele, quem você mataria?

5) Saudades da "Sessão da Tarde"
"Goonies", "Jurassic Park", "Feitiço do Tempo" são alguns saudosistas

Este não é um post patrocinado. Mas devido ao valor agregado pelos produtos acima ( além de muitos outros como o excelente "O Artista ", "Family Guy" e clássicos Disney) acredito ser uma pechincha 16,90 reais por mês por esse conteúdo. E ainda da pra assistir nos videogames, tablets, celulares, smart tvs, etc.
Sinceramente, só pelos cinco motivos acima já valeria a pena.